Francês queria atravessar o Oceano Atlântico numa prancha a remo em 70 dias.
Nicolas Jarossay quer ser o primeiro a atravessar o Oceano Atlântico numa prancha a remo, modalidade conhecida como stand up paddle ou paddle surf. Mas ainda não será este ano. O bombeiro francês teve que abortar a arrojada aventura apenas 24 horas depois de a começar, em Cabo Verde, no domingo passado.
Bombeiro profissional há 22 anos teve um problema e foi obrigado a abortar a expedição. “Depois de várias horas na água, Nicolas teve que ser levado para terra pelos socorristas de Cabo Verde”, informou a comitiva de Jarossay no Facebook. O sistema de leme quebrou de repente e deixou a embarcação paralela a uma onde que quebrou e a embarcação virou. Todas as tentativas para desvirar não tiveram sucesso e foram muito desgastantes. O atleta ainda foi ao hospital, teve alta pouco depois e seguiu para França.
Fã de Gérard d”Aboville evocou a primeira travessia feita a remo, em 1980, entre o Cabo Cod, nos EUA e Brest, em França, para explicar o porquê da travessia no Atlântico. O ambicioso desafio previa fazer a travessia em autonomia e sem assistência, naquela que será a mais longa travessia alguma vez tentada entre Cabo Verde e Martinica, no Caribe.
Com um investimento de 110 mil euros, o atleta aventureiro queria concluir a travessia em cerca de 70 dias, mas teve de adiar o sonho.
Jarossay pratica stand up paddle há sete anos e é um apaixonado confesso pelo mar. Em 2011, tornou-se recordista mundial em distância ao percorrer 151 quilômetros em 24 horas. “O mar sempre foi o meu universo, o meu principal foco de interesse, o tema das minhas leituras, mas também o cenário das minhas atividades voluntárias a bordo de um barco da SNSM [instituto de socorro a náufragos francês]”, explicou Nicolas Jarossay à agência noticiosa francesa AFP.