Meio Ambiente – Pesquisadores de duas universidades da Amazônia alertam para a destruição dos geoglifos, desenhos geométricos no solo com até 4,5 metros de profundidade e uma área de até 200 metros, feitos por civilizações que viveram há 800 a 2,5 mil anos na região onde hoje fica o estado do Acre.
Os desenhos só podem ser vistos totalmente do alto e são encontrados também na região andina do Chile, do Peru e da Bolívia. No Brasil, há registros em mais dois estados: Amazonas e Rondônia.
O primeiro deles foi descoberto no Acre, em 1977, e segundo o professor Alceu Ranzi, da Universidade Federal no estado, os desenhos ficam geralmente em propriedades particulares ou à margem de rodovias, como a BR-364 e a BR 317.
Para preservar os geoglifos, o Iphan – Instituto Nacional do Patrimônio Histórico Artístico Nacional, em parceria com a Universidade Federal do Pará e a Universidade Federal do Acre, está fazendo um mapeamento dessas figuras.
Ao final do estudo, acrescentou, deverá ser proposto o tombamento de algumas dessas estruturas, inclusive com solicitação posterior à Unesco – Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura para exame e possível declaração como patrimônio da humanidade.