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Notícias relacionadas a montanhismo, meio ambiente e aventura.

Reaproveitando o hidrocamel furado

 O hidro camel pode ser um equipamento bem prático, poupando tempo na hora de se hidratar. Em algumas situações como na pedalada ou escalada pode ser mais difícil beber água sem ele.

Mas quando ele começa a furar ou vazar é que vem a aporrinhação. Descobrir que você está com uma sede danada, o hidro camel vazio e todas as coisas na sua mochila estão molhadas é extremamente irritante.

A primeira opção seria remendar o furo, caso sejam poucos e em fácil localização. Nesse caso a cola utilizada é a cola para vinil. Esta cola é utilizada para reparos em piscinas de plástico e infláveis.

O vinil é quele tipo de plástico que encapávamos o caderno no Jardim da Infância.

Basta arrumar um pedaço de vinil um pouco mais grosso e seguir as instruções da cola. Para garantir um bom serviço, é bom lixar as partes que receberão a cola com uma lixa fina, aplicar o produto e esperar secar o tempo indicado nas instruções antes de unir as duas partes. Atenção pois em lugares de clima muito quente, este tempo é menos de um minuto, ou a cola secará totalmente.

PET Camel

A outra opção é substituir completamente o reservatório de água por uma garrafa de plástico PET. Isto traz algumas vantagens como maior durabilidade, possibilidade de encontrar o material em qualquer país que você estiver e a reciclagem ainda é ecologicamente correta.
No final de uma viagem pode-se simplesmente jogar a garrafa fora para poupar espaço na bagagem. A adaptação é feita somente na tampinha e é muito simples e rápida. Pode-se utilizar outros líquidos, sucos, etc. Caso a garrafa comece a dar gosto na água basta trocá-la.

A desvantagem é que o formato da garrafa é mais desajeitado que o do hidrocamel e ao ir acabando, é necessário assoprar ar para dentro da garrafa para ficar mais fácil a saída do líquido. Mas nada que o preço de um hidrocamel novo que irá furar outra vez e molhando toda a sua mochila naquele frio não justifique o trabalho.

Para furar a tampa aí vão algumas dicas:

1 – Utilize um ferro de solda para que o furo fique bem redondinho e liso.

2 – Cuidado para que o diâmetro do furo fique um pouco menor que o da mangueira. O que fiz ficou com 8 mm e a mangueira tem 9 mm.

3 – Deixe a vedação de borracha da tampa.

4 – Dobre a mangueira ao meio para inserir no furo.

5 – Vire de cabeça pra baixo e teste. Com a válvula da mangueira fechada, aperte a garrafa e veja se há vazamento. Na minha não pingou nenhuma gotinha. Caso seja necessário, faça outra tampinha até que o furo fique na medida certa. Não é necessário vedar o encaixe, mas pode-se tentar com cola de silicone ou fita veda rosca.

Sobreviventes do Aconcagua relatam drama: ‘Bebemos a nossa própria urina’

Italianos precisaram misturar líquido com a neve para manter a hidratação
Agência/AFP

Marco Afazio quando chegou no Hospital de Mendonza, na Argentina, após o seu resgate

Os italianos que sobreviveram à tempestade no Monte Aconcagua, localizado na Argentina, começaram a contar detalhes do drama pelo qual passaram. Ao atingirem o cume da montanha, no início de janeiro, Marco Afazio, de 39 anos, Marina Acanazi, de 35 anos, e Mateo Refrigerato, de 35 anos, enfrentaram duas noites com temperaturas entre 20 a 30 graus abaixo de zero, sem barraca, saco de dormir ou fogareiro.

– Foi um pesadelo que nunca vou esquecer. Não foi fácil sobreviver em tais condições, foram dias de inferno. Bebemos a nossa própria urina misturada com a neve para hidratar – contou Mateo Refrigerato ao site espanhol “Marca.com”.

Marco Afazio contou que eles estavam em um grupo de seis pessoas. Além dele, Marina e Mateo, Antonella Targa, de 50 anos, desistiu de ir ao topo do Aconcágua, se desgarrou dos amigos e voltou para casa com vida. Outros dois componentes do grupo foram encontrados mortos. O guia argentino Federico Campanini, de 31 anos, chegou a ser resgatado, mas não resistiu. A italiana Elena Zenil, de 38 anos, se perdeu dos demais alpinistas antes de chegar ao cume e também morreu.

“Não foi fácil sobreviver em tais condições, foram dias de inferno. Bebemos a nossa própria urina misturada com a neve para hidratar”

– O problema começou durante o cume. Uma tempestade se formou e iniciamos uma descida rápida, sem muitas condições. A noite parecia eterna, e os problemas no grupo se agravando cada vez mais. O nosso guia teve um princípio de edema cerebral. Em seu delírio, não falava coisa com coisa – relatou o italiano.

Só em 2008, um total de 4.600 pessoas embarcaram ou tentaram escalar o Monte Aconcágua. Segundo o site espanhol, fontes oficiais confirmaram que dois ou três alpinistas morrem a cada ano. No entanto, este número já foi ultrapassado, com cinco mortes no mês de janeiro. Após o resgate dos italianos, a equipe de salvamento trabalha para encontrar o francês Tierre Beltein, que começou sua escalada há duas semanas e não deu mais notícias.

Nova avalanche no Mont Blanc mata dois alpinistas

Montanhistas ingleses foram surpreendidos por uma avalanche quando escalavam a montanha mais alta dos Alpes

 O Ministério das Relações Exteriores da Inglaterra informou que dois alpinistas do país morreram ao tentar escalar o Mont Blanc, que com seus 4.810 metros, é a montanha mais alta dos Alpes.

Os montanhistas eram James Atkinson e Rob Gauntlett, ambos de 21 anos. Gauntlett era conhecido por ser um dos mais jovens montanhistas ingleses a conseguir escalar o Everest, em 2006, então com 19 anos. Continue lendo Nova avalanche no Mont Blanc mata dois alpinistas