Um abaixo-assinado iniciado pela atriz Cristiane Torloni e pelos atores Juca de Oliveira e Vitor Fasano contra o desmatamento da Amazônia já reuniu 600 mil assinaturas. A intenç
Um abaixo-assinado iniciado pela atriz Cristiane Torloni e pelos atores Juca de Oliveira e Vitor Fasano contra o desmatamento da Amazônia já reuniu 600 mil assinaturas. A intenção do trio é entregar o documento ao presidente Lula quando as adesões chegarem a 1 milhão de pessoas. Hoje, Fasano e Torloni se reuniram com representantes de uma rede de lojas de produtos naturais, que aceitou coletar assinaturas em seus pontos de venda. "Nosso objetivo é obter as assinaturas e entregar o documento ao presidente até o meio deste ano", disse a atriz aos empresários.
Musa do movimento Diretas Já em 1984, Torloni se envolveu em diversas causas nos últimos anos. Militou pelo movimento Falcão, a corrente do bem, após sofrer um assalto em 2006, e embarcou em 2007 no Cansei. Agora, com o movimento Amazônia Para Sempre, pretende cobrar medidas de proteção da floresta, que incluem a atuação das Forças Armadas no combate ao desmatamento. "O que acontece lá é uma guerra. Madeireiros armados levam os carregamentos nas balsas. Os fiscais do Ibama ficam acuados e a população com medo", afirmou a atriz. Ela culpa a ganância pela devastação.
Curiosamente, o encontro de hoje foi realizado na sede da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), cujo presidente Octávio Mello Alvarenga tem uma posição polêmica sobre o que acontece hoje na Amazônia. "Não acredito que o desmatamento seja considerável. Vá lá que tenha aumentado alguma coisa, mas esta história que o agronegócio seja o vilão é conversa fiada", disse o presidente da SNA, que em dezembro reuniu em um congresso no Rio representantes do agronegócio de todo o País, inclusive das regiões apontadas na pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) como as mais devastadas. "Não encontrei nenhum que não tivesse consciência ambiental", garante Alvarenga, que ocupa a presidência da entidade há 27 anos.