O objetivo era passar a noite no Pico da Tijuca e chegamos lá quando já estava escurecendo e começando a pingar. Enquanto arrumávamos as coisas, caiu um raio tão próximo dali que a eletricidade que nos atingiu parecia um choque de uma tomada elétrica
O objetivo era passar a noite no Pico da Tijuca e chegamos lá quando já estava escurecendo e começando a pingar. Enquanto arrumávamos as coisas, caiu um raio tão próximo dali que a eletricidade que nos atingiu parecia um choque de uma tomada elétrica, acompanhado de um estrondo gigantesco que nos deu a impressão de que o raio caiu sobre nós! Imediatamente, todos procuraram se livrar de qualquer tipo de objeto metálico e começaram a arremessar para longe as facas, relógio (o dono nunca mais o achou). Tivemos que montar a barraca às pressas, mas havia um detalhe: eram seis para uma barraca de quatro. Rafael havia comprado uma lona e a levou, foi o que me permitiu dormir na varanda da minha iglu, fechando até o chão com a lona. Lá dentro cinco caras se apertavam como sardinha em lata. Marcelo com dois metros de altura dormiu a noite inteira com as pernas e a cabeça dobradas.
No dia seguinte, não estava mais chovendo, mas assim que descemos e entramos no carro que estava estacionado na praça do Bom Retiro, recomeçou a chover. Só que desta vez, o céu desabou. Procuramos chegar em casa o mais rápido possível, mas não deu. Quando chegamos na Haddock Lobo, estava tudo alagado e ficamos presos no trânsito. Foi a chuva mais forte do ano e por questão hora não passamos um sufoco.