Turistas evitam cidades com medo da doença.
Movimento diminuiu depois de notícia de que vítima da doença esteve em Pirenópolis.
A febre amarela prejudica o turismo em Goiás, onde foram registrados nove casos suspeitos da doença. Em Pirenópolis, boa parte das reservas foi cancelada. Hotéis, pousadas e restaurantes estão dando férias aos funcionários.
A cidade tem cem pousadas que, durante as férias, ficam cheias. Mas, desta vez, nem todas conseguiram registrar ocupação máxima. Em uma delas, 60% dos apartamentos ficaram vazios, à espera de hóspedes, que na última hora cancelaram as reservas. O gerente deu folga coletiva aos funcionários.
"Nós tivemos que dispensar a faxineira, porque não precisou, arrumadeira de quarto. O pessoal que atendia na piscina não precisou vir porque não tinha ninguém, então ficou só o necessário", diz Laury Fontes Cardoso, gerente da pousada.
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O movimento diminuiu depois que o Ministério da Saúde divulgou que um homem que morreu em Brasília com suspeita de febre amarela esteve em Pirenópolis antes de ficar doente. A cidade é destino de milhares turistas que procuram matas e cachoeiras.
Em protesto, os moradores instalaram uma placa na entrada da cidade, informando que não há registro de febre amarela em Pirenópolis. Uma campanha também está informando quem quer visitar a cidade sobre a necessidade de tomar a vacina
"Se há um risco, nós não podemos negligenciar isso. Não só em Pirenópolis, como em Goiás, em Minas, no Pará e em Brasília", diz Carlos Alberto Rego, secretário municipal de Turismo