– Não existe lugar seguro em ambiente externo como montanhas, pastos, etc.
– Barracas não oferecem proteção alguma.
– Em caso de raios em campo aberto não fique em grupo, separe-se dos demais em torno de 5 metros.
– Livre-se de equipamentos metálicos como por exemplo um bastão de caminhada.
– Não se abrigue em árvores isoladas, ao invés procure desfiladeiros ou vales.
– No caso de pegar uma tempestade elétrica na montanha não existe muito o que fazer já que não existe um lugar isolado com pára-raios.
Se você estiver em um local sem um abrigo próximo e sentir seus pelos arrepiados ou sua pele coçar, isso indica que um raio está preste a cair, portanto, agache-se e tape os ouvidos. Não se deite no chão.
Alguns dados importantes sobre tempestades e raios:
O jornal O Estado de S.Paulo noticiou em 21 de fevereiro de 2008 que houve 22 mortes por raios nos primeiros 50 dias de 2008 em oposição a 46 vítimas em todo o ano anterior (2007), sugerindo um aumento do número de acidentes. A maior parte dos acidentes se concentra no Estado de São Paulo.
O INPE informa também que houve aumento em 35% no número de raios na região sudeste do país em 2008 em relação ao mesmo período de 2007, a explicação para o aumento da incidência de raios está no fenômeno La Niña, que é o esfriamento de águas do Oceano Pacífico. Esse fenômeno climático está aumentando a incidência de raios no Brasil e a região mais afetada é exatamente a sudeste.
No ano de 2001 em que o fenômeno “La Niña” marcou presença, o número de mortes por raio atingiu 73 óbitos, o mais alto até agora no país.
A maior parte das vezes os acidentes ocorrem no fim da tarde. Dados americanos mostram que antigamente as vítimas eram fazendeiros e marinheiros, mas hoje em dia são adeptos do ecoturismo e atividades esportivas em locais abertos e de maior altitude.
Um fato curioso no caso das mortes por raio é que a causa é realmente uma parada cardio-respiratória, que não passa de evento terminal de tantas outras causas de morte. Porém, o dano ocasionado pelo raio pode ser decorrente da própria voltagem do relâmpago, do trauma provocado pelo raio ou pelo excesso de contrações musculares. A maioria das vítimas fica sem respirar e sem batimentos cardíacos, mas consegue recobrar as funções espontaneamente! Um fato ainda misterioso para a ciência médica.
Acredita-se que há uma cessação dos movimentos respiratórios e circulatórios por curto espaço de tempo, mas depois disso as funções cerebrais reassumem o comando. Por esse motivo, recomenda-se sempre iniciar manobras de ressuscitação em quem foi atingido por raio, mesmo que aparente estar morto. Em outros termos, é como se um hipotético “disjuntor caísse” e, alguém o ligasse novamente, restabelecendo a energia no organismo, ou seja, os batimentos cardíacos e os movimentos respiratórios.
As formas de acidente por raio são de quatro tipos:
Direta – o raio cai sobre uma pessoa em pé em um lugar aberto, entrando pela cabeça (entra no crânio pelos orifícios), atravessa externamente e internamente a pessoa e sai pelo solo. Esse tipo de acidente é o que faz o maior número de vítimas.
Por contato – o raio atinge um objeto próximo a pessoa, transferindo-se para ela. Os objetos de contato podem ser tacos de golf, guarda-chuvas ou por exemplo, um molho de chaves.
Por espalhamento (splash) – ocorre quando a tempestade está em cima de uma área cheia de árvores e o raio cai sobre uma delas, e se espalha pelas pessoas em volta. Pode ocorrer também dentro de casa, se a vítima estiver utilizando telefone com fio. É o tipo mais comum de acidente.
Em onda – a última forma é quando o raio atinge o solo e viaja em círculos (igual a quando lançamos uma pedra em um lago) e quem estiver no raio da onda é atingido.