Analisamos o que sabemos e não sabemos
Em resumo, são estes os argumentos que fornecem dúvidas sobre a subida de Miss Oh ao Kangchenjunga:
Analisamos o que sabemos e não sabemos
Em resumo, são estes os argumentos que fornecem dúvidas sobre a subida de Miss Oh ao Kangchenjunga:
- A foto no cume: A foto que Miss Oh apresentou como feita no cume do Kangchenjunga não permite reconhecer que ela está no topo, ou em um ponto definido da montanha. Miss Hawley diz que a foto “claramente” não foi feita no cume do Kangchenjunga. Outras fotos de outros alpinistas sobre este pico na mesma época mostram eles na neve, enquanto Miss Oh esta em uma área rochosa. Posteriormente Miss Oh disse que a foto foi feita um pouco abaixo do topo, mas Ferran Latorre, que completara a escalada alguns dias mais tarde, analisou a imagem e constatou que, através de um cordin verde, ela estava asegurada numa corda fixa também verde. Encontrou entre as outras fotos tiradas por ele o ponto mais alto onde a corda está localizada: 8.350 metros. O Kangchenjunga tem 8586 metros.
- Os sherpas: Antes do debate na Coréia, o patrocinador de Miss OH organizou no final de 2009 uma conferência de imprensa em Seul, e chamou um dos sherpas que haviam acompanhado a Miss Oh para o topo. Ele disse que ela tinha conseguido. O mesmo diz pro assistente de Miss Hawley. No entanto, no acampamento base do Annapurna outros sherpas que acompanharam a Miss Oh negaram o cume. Para confundir a questão ainda mais estes sherpas são os mesmos que discutiram com Juanito Oiarzabal sobre o resgate de Tolo Calafat. Posteriormente, a Agência Efe distribuiu uma nota de imprensa emitida por muitos meios comunicação, na qual foi dito que os sherpas alegaram que a senhorita Oh tinha atingido o cume do Kangchenjunga. A nota da agência Efe não explica quem foi o repórter que conversou com os sherpas, ou em que contexto a conversação aconteceu.
- A corda fixa verde: Como conseqüência das preocupações levantadas na Coréia, Ferran Latorre, que coincidiu com Miss Oh e seu sherpa ao descer do topo do Kangchenjunga olhou atentamente para a foto no cume da coreana. Ferran viu na foto que Miss Oh está ligada a uma corda fixa verde, que ele fotografou, e que fica a 300 metros do cume, cerca de quatro horas ate o ponto mais alto. Ferran encontroucom os sherpas e Miss Oh enquanto descia e disse que eles carregavam câmeras fotográficas e de vídeo. Nodia que Miss Oh fez cume, Ferran estava no acampamento inferior (campo 3) e explica que aquele dia o tempo fico muito ruim. Ele acha esquisito que nessas condições Miss Oh fizesse cume.
- O horário: A subida de Miss Oh no Kangchenjunga foi seguida desde o campo base através de um telescópio até cerca de dois da tarde de 06 de maio de 2009. Naquele momento ela ficava cerca dos 8300-8400 metros (entre 186 e 286 metros do topo). Críticos argumentam que nas três horas e quarenta minutos que levou para alcançar o cume o progresso dela foi incrivelmente rápido. Especialistas consultados pelo The Corean Times, que conhecem o Kangchenjunga, dissem que os alpinistas que usam o oxigênio poderiam superar esso desnível em três ou quatro horas, mas no entanto este é um tempo difícil de fazer para os escaladores que não usam oxigênio (Oh ia sem oxigênio). Oh disse que ela não usava oxigênio mas os sherpas dela sim: “O Sherpas queriam levar oxigênio para eles. Eu afirmo que não utilizei oxigênio e estou orgulhoso por isso “, disse ela numa entrevista para a revista “Desnivel”.
- O atraso pra apresentar fotos definitivas do cume: Miss Oh disse para Miss Hawley que iria apresentar um vídeo feito perto do cume. Até à data, não temos noticias de que tinha sido enviado. Algo difícil de entender quando as dúvidas sobre a sua ascensão ao Kangchenjunga têm expandido por seu país e a nível internacional.