Pra um pais celebrado por suas paisagens tropicais, maio/julho sempre foi sinônimo de montanha. Proximo de sampa há a extensa Serra da Mantiqueira, q alem de refugio invernal oferece um sem-numero de opções de caminhadas de todo tipo. Uma delas é a Mauá/Itamonte, q atravessa em 3 dias moderados parte desta enorme serra, contorna o + antigo pq nacional do pais (Itaitaia) e proporciona visuais belíssimos de montanhas, vales e é agraciada c/ muitas nascentes de agua cristalina.
Reunião na Rodoviária de Resende
Nos reunimos quinta na rodô de Resende nos + diversos horários, cada um prevendo o q melhor lhe conviesse. Particularmente, preferia estar aqui + cedo tendo em vista as recentes fortes chuvas q por pouco não põem o feriado “água abaixo”. Por conta do transito e de trampo alguns confirmados não puderam tomar o busao de ultima hora. Assim, eu, Silvana e Edu chegamos aqui as 1:30 da madru e nos acomodamos de alguma maneira nos bancos da enorme rodoviária. Sono q é bom nada, pois ficamos papeando um tempão, enquanto víamos o entra-e-sai de passageiros dos busoes fazendo escala, entre eles a Thayza, q ia c/ uma galera fazer a Peterê. Tratamos de ficar visíveis p/ galera q logo chegaria; tinha receio deles esquecerem de desembarcar e fossem dar em Volta Redonda. Temores infundados, 4 da madru chegam Bob, Paula e Emilia, todos de cara amassada. Não demorou e logo apareceram os santistas Nelson e Sandra, a mulher-sorriso. Agora não havia opcao senão aguardar amanhecer p/ esperar o bus local p/ Maromba, as 7:30hrs. Fomos tomar café no restaurante p/ afastar o sono, q caiu com td sobre a Paula e a Emilia: a primeira estendeu o isolante no chão e apagou; a segunda aninhou-se espertamente no “quarto de bolinhas” do playground infantil dali. Já amanhecia e o nevoeiro lentamente se dispersava c/ promessas de céu azul, embora ainda fizesse frio. 8hrs e nada de busao. Informações desencontradas do próprio povo dali davam conta q naquele dia so partiria 10:30, pois a Tupi reduzira em 50% seus horarios!! Plano B, lógico. Havia um tiozinho c/ Kombi e foi ela mesma q lotamos a precinho camarada, e la fomos nós c/ o Itamar, um jovem q conhecemos na rodoviária.
Dia de Relax e Pinga com Mel em Maromba
O cansaço e noite mal-dormida fez c/ q a galera “pescasse” todo trajeto. Eu dei conta por mim ao bater fortemente a cachola na janela direita, apenas p/ contatar q já estávamos no topo da serra, bem longe da Dutra. O tiozinho pisou fundo, e p/ nossa alegria a estrada de terra tava ate muito boa. Ao chegar nos 1400m e começar a descer p/ outro lado da serra é q se constata a beleza da Mantiqueira e parte do Vale do Paraiba: sol matinal deslizando pelas encostas montanhosas, um tapete verde repleto de araucarias e vales encaixotados ao sopé de morros de perder a vista! Passamos p/ Visconde de Mauá e, sinuosamente, por Maringá, apenas p/ constatar q lentamente a modernidade vai se apossando destes refúgios invernais, bem + rústicos a uns 10 anos atrás. Qdo se fala em Mauá se fala dos 3 vilarejos q a compõem, Maringá e Maromba. Finalmente, 9km após Mauá serpenteando o vale ao lado do onipresente Rio Preto, chegamos em Maromba antes das 10hr, onde encontramos o Ronald, q nos aguardava na frente da igrejinha. Arrumamos um quartinho simples por 15 pilas e o resto foi só alegria. Maromba tava ate bem vazia p/ ser feriado. Certamente as chuvas inibiram os cariocas, q batem cartão lá. Diferente dos outros vilarejos, Maromba ainda preserva o ar bicho-grilo-rustico q lhe fez fama. Foram os hippies (nos anos 70) q estacionaram aqui, convivendo lado a lado com tradicionais famílias mineiras e alemãs, primeiros colonos da regiao. Estabelecimentos como “Bazar Esotérico”,”Pousada Terra da Luz”, “Pizzaria do Buda” , “Brechó Zen” são comuns..Mas o q pega mesmo aqu é a fartura de água por td lado e, conseqüentemente, de cachoeiras e poços q faz a alegria dos turistas. Santa Clara, Alcantilado, Véu da Noiva, etc.. E é pra uma dessa q vamos, lógico. Do largo do Maromba vamos pela estradinha q sobe suavemente a serra, acompanhados pelo Rio Preto à direita, q desce a montanha formando uma sucessão de poços e cachoeiras. Deixando o entorno de pousadas, campings, lojinhas de souvenires, artesanias e bijus (q são a alegria das meninas) chega-se num trecho, digamos, “mais rural”. 3km depois estamos no Poção de Maromba, onde uma enorme pedra serve de trampolim p/ poucos doidos q pulam na fria água. Não tivesse nublado quem sabe me animasse como outrora, mas sem chance meeesmo! Pausa p/ clicks, claro! Continuando ate o final da estrada chega-se na atração principal da vila, a Cachoeira do Escorrega, um tobogazao lapidado na pedra q desemboca num poção. Alguns malucos se aventuravam a escorregar ali, p/ alegria dos turistas. Loucos como o Edu, p/ variar. Tô fora.. Mas como toda caminhada merece uma pausa p/ repôr as energias, estacionamos nas mesinhas do Bar do Escorrega onde mandamos ver muita breja gelada, pinga c/ mel e algum caldinho de feijão. Ficamos encucados com vários petiscos q o cardápio oferecia, principalmente uma tal lingüiça de truta (!?) Q dureza.. Depois de td esse “esforço”, retornamos p/ Maromba c/ fome, quase 16hrs. Estacionamos num restaurante p/ degustar um pf de truta tradicional da região. Eu, particularmnte, tava + é com sono e dor-de-cabeça (misturar pinga e breja dá nisso, esperteza!) e fui descansar no quartinho. Uma hora depois, quase td mundo tava mimindo no quarto tb.. Levantamos as 20hrs p/ dar um rolê na night marombense. Tava frio e garoava um pouco. Não havia o tradicional movimento nas ruas, com a penca de barraquinhas de artesanatos uma do lado da outra, parecia q o povo tava mesmo é concentrado nos bares e botecos. Mais uma voltinha pelas lojinhas, agora coloridamente iluminadas c/ lustres artesanais de td tipo. Mais uma pausa no restaurante p/ encher c/ pinga c/ mel ou beliscar algo. Na sequencia estacionamos no barzinho + animado dali, com direito a pebolim, + cerveja e pinga c/ mel no bambu, ao som que misturava curiosamente forró, mpb e poperô.. Poxa, dessa maneira a gente quase manda a travessia pro espaço e fica por ali mesmo!! Porem, cientes de nosso dever trilheiro deixamos o barzinho as 3 da madru (!?) p/ descansar e levantar bem-dispostos p/ travessia..ou ao menos tentar.