Meio Ambiente – A SBF – Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente começou a definir a implementação do Projeto GEF Pnud de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade de Manguezais em Áreas Protegidas do Brasil, mais conhecido como GEF Mangue. Durante os próximos meses a secretaria vai elaborar o plano operativo dos projetos que comporão o GEF Mangue, permitindo alcançar benefícios diretos e indiretos às comunidades litorâneas, além de conservar esse ecossistema que fornece inúmeros bens e serviços ambientais.
A primeira reunião na secretaria, que marca o início das atividades pelos próximos meses, foi realizada na sexta-feira (06/7), três semanas depois de o GEF Mangue ter sido aprovado em sua versão final.
Sob a coordenação do MMA e do Ibama, o escopo do projeto pretende focar no fortalecimento do Snuc – Sistema Nacional de Unidades de Conservação, bem como de Áreas Protegidas, para manter a conservação dos manguezais.
De acordo com a secretaria, o fortalecimento do Snuc e a formação de uma rede de áreas protegidas para manguezais no Brasil deverão ser conseqüência natural de uma ampla reformulação do quadro de políticas voltadas à ocupação e proteção desse importante ecossistema costeiro, capacitando colaboradores em todos os níveis, além de promover modelos demonstrativos de manejo adaptados a situações reais.
Em linhas gerais foram definidos os componentes e produtos a serem alcançados ao longo de cinco anos de implementação participativa do projeto, gerando benefícios às comunidades e ao ecossistema.
Abrigando uma biodiversidade estimada em mais de 800 espécies, os manguezais provêem ainda a proteção da linha de costa e a manutenção da qualidade da água. Também se constituem como berçários para as fases jovens de diversas espécies marinhas. Em junho o projeto teve o seu documento Prodoc aprovado pelo Conselho do GEF. Ou seja, a última etapa para sua aprovação definitiva.
A atual fase de desenvolvimento do projeto conta com uma série de atividades que permitirão, ao longo deste ano, alcançar o desenho do projeto integral.
Entre as atividades se incluem diagnósticos ambiental e de biodiversidade, socioeconômicos e de usos dos recursos naturais, bem como institucionais, incorporando experiências bem-sucedidas. Também foram consideradas barreiras e problemas para a efetiva proteção dos manguezais e suas comunidades.