Há uma variedade de diferentes sistemas utilizados em todo o mundo para graduar escalada em neve, gelo e alpino. Nesta
Há uma variedade de diferentes sistemas utilizados em todo o mundo para graduar escalada em neve, gelo e alpino. Nesta página iremos descrever os dois principais sistemas que alpinistas terão contacto. O primeiro é o Sistema de Graduação Invernal Escocês, utilizado ao longo de todo o Reino Unido. O segundo é o Sistema de Graduação Alpina utilizado nos Alpes europeus, cada vez mais utilizado em outras áreas.
Sistema de Graduação Invernal Escocês
O Sistema de Graduação Invernal Escocês foi desenvolvido pelo SMC – Clube de Montanhismo Escocês – e é um sistema composto por duas camadas, uma classificação global e um grau técnico. A classificação descreve a dificuldade geral da escalada, levando em consideração seu comprimento, ângulo de inclinação e diferentes técnicas requeridas. A graduação técnica, como no sistema de graduação de rocha, descreve a parte mais difícil (crux) da rota.
A seguinte tabela descreve os diferentes graus disponíveis:
Graduação global | Descrição |
---|---|
I | Ravinas em torno de 45 graus de inclinação ou arestas fáceis. Um única picareta de gelo é tudo o que normalmente é preciso, embora cornijas possam apresentar problemas. Estas rotas geralmente são usadas como rotas de descida por escaladores vindo de outras rotas, então cuidado com o tráfego ao descer. |
II | Neve acentuada, com potencial para curtos lances de gelo. Cristas com este grau seria fáceis escalaminhadas no verão. Uma segunda picareta deve ser levada e cornijas podem ser difíceis. Qualquer dificuldade encontrada deverá ser de curta duração. |
III | Ravinas e cristas sustentadas mais acentuadas que rotas de grau II. |
IV | Rotas começam a ficar mais técnicas nesta graduação, com fáceis rotas de rocha sendo escaladas. Rotas normalmente irão seções íngremes de gelo, longas seções entre os 60-70 graus ou trechos verticais curtos. Em rotas mistas, técnicas mais avançadas geralmente serão necessárias. |
V | Probabilidade de trechos de até 60-70 graus de inclinação. Rotas mistas podem exigir a combinação de vários movimentos avançados. |
VI | Longos trechos verticais de gelo, às vezes com qualidade ruim e com poucas chances de descanso. Rotas mistas serão como V, mas mais difíceis. |
VII | Como o VI mas mias longo e mais difícil. Podem incluir trechos de deslocamento muito forte. Resistência e técnica necessárias! |
VIII em diante | Como VII, mas ainda mais longos e mais difícil ainda! |
Rotas de inverno Escocesas são facilmente sucetíveis a mudanças no clima. Para caracterizar isto, é muito comum encontrar rotas descritas com graduação dividida, por exemplo II/III. Isto indica uma grande variação da rota dependendo das condições.
A seguinte tabela descreve os diferentes graus disponíveis:
Graduação Técnica | Descrição |
---|---|
1 | Ângulo fácil de gelo sem maiores problemas |
2 | Ligeiramente mais acentuada do que 1, mas de boa qualidade com excelente proteção disponíveis |
3 | Gelo de até cerca de 60 graus, geralmente de boa qualidade com boas paradas |
4 | Gelo de até 70 graus, bom gelo |
5 | Gelo de até 80 graus, geralmente não é tão bom como o grau 4 e pode haver poucas oportunidades de descanso |
6 | Gelo vertical! Formações de gelo como sobreposições podem existir e as proteções serão limitadas e difíceis de colocar. |
7 em diante | Como 6 mas mais longo, difícil, gelo podre e menos proteção! |
Graduação Alpina
O Sistema Alpino é popular nos Alpes europeus e se espalhou. Como no sistema escocês, as rotas são dadas numa graduação geral que descreve a dificuldade da rota. Adicionalmente a isto, o sistema de graduação de rocha UIAA é usado para descrever qualquer lance de rocha na rota.
A classificação global leva em conta o conjunto dos seguintes fatores:
- A rota de aproximação, tamanho e complexidade
- A rota de descida, método, tamanho e complexidade
- A qualidade e a disponibilidade de posturas
- A qualidade da rocha, neve e gelo
- O nível de perigo objetivo
- A localização da parte mais difícil da rota
- O aspecto do aclive
- A exposição ao tempo
Pode ser notado que como em todos os sistemas de graduação incorporando neve e gelo, a graduação alpina pode ser sensivelmente afetada pelas condições climáticas, não somente durante a escalada, mas semanas antes.
A seguinte tabela descreve os diferentes graus alpinos disponíveis:
Grau geral | Descrição |
F Facile (Fácil) | Uma rota direta, possivelmente descrevendo uma aproximação por glaciar com simples escalada. Qualquer neve ou gelo terá um ângulo de inclinação fácil permitindo ao alpinista caminhar sobre ele. |
PD Peu difficile (Pouco difícil) | Mais difícil que rotas graduadas como F, com rotas em glaciares mais complexos, escalada mais difícil e perigos reais. As rotas também podem ser mais longas e em altitude. Pistas de neve e gelo até 35-45 graus podem ser encontradas. |
AD Assez difficile (quase difícil) | Mais frequentemente pistas de neve e gelo serão encontradas até aos 40-55 graus. Escalada em rocha até 3º grau também pode ser encontrada, mas é pouco provável que seja longa. |
D Difficile (difícil) | Uma possibilidade mais séria de escalada em rocha cerca de 4º e 5º grau e neve e gelo nas encostas de até 50 – 70 graus. |
TD (MD)Tres difficile (muito difícil) | Encostas de neve e gelo de até 65-80 graus significativas e contínuas são susceptíveis de serem encontradas. Difícil escalada em rocha com 5º e 6º graus é também uma possibilidade. Rotas com este grau são um sério compromisso com níveis elevados de perigo. |
ED Extremement difficile (extremamente difícil) |
Rotas extremamente difíceis como aclives verticais de gelo e escalada em rocha de VI a VIII. |
ABO Abominablement difficile (Abominável) | Um pouco auto explicativo! |
Agora é comum para rotas, ser dado um + ou – com o grau para categorizar dificuldades superiores ou inferiores. Adicionalmente, se você está lendo um guia de Clube Alpino, você pode também encontrar alguns dos trechos de gelo descritos usando a Graduação Técnica Escocesa (ver acima).