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Notícias relacionadas a montanhismo, meio ambiente e aventura.

Visitantes multados por usar trilha proibida no PARNASO

No feriadão de Corpus Christi a fiscalização do PARNASO (Parque Nacional da Serra dos Órgãos, multou um grupo de

visitantes que entrou irregularmente no parque por trilha proibida no Vale do Caxambu. Outro grupo foi multado por jogar lixo e desrespeitar as normas  na área de montanha.

Durante o feriado os ingressos para a Travessia Petrópolis-Teresópolis se  esgotaram, atingindo a capacidade de suporte de 100 pessoas entrando por dia  para a montanha em cada portaria. Alguns montanhistas tiveram que adiar o  passeio para o dia seguinte ou mudar de roteiro.
O grupo autuado entrou irregularmente por trilha proibida e foi multado. A  autuação de grupos que entram por trilhas irregulares é mais freqüente nos  feriados em que a capacidade de suporte da travessia é atingida, mas o  controle dos termos de conhecimento de riscos e responsabilidade permitem a  detecção dos visitantes irregulares.

Os visitantes, um grupo de seis pessoas de São Paulo, foram multados em  R$ 200,00, além do pagamento das taxas devidas, por causar danos à Unidade  de Conservação (Art. 40 da lei de crimes Ambientais). A utilização de  trilhas proibidas dificulta a gestão da visitação, compromete a segurança do  visitante e a preservação dos campos de altitude, já que o número máximo de visitantes é extrapolado.

A definição das trilhas permitidas e proibidas vem sendo travada no  processo de atualização do Plano de manejo do Parque com ampla participação  de montanhistas e interessados em geral. As trilhas proibidas são aquelas  que comprometem a gestão da visitação (acessos irregulares à UC) ou que  cruzam áreas especialmente frágeis, como as trilhas de monitoramento do  macaco muriqui.

Outro grupo foi autuado por despejar lixo nos campos de altitude, além de desrespeitar o horário de silêncio e as restrições ao consumo de bebidas  alcoólicas. O Parque recebeu muitas reclamações de campistas em função do  comportamento inadequado deste grupo no acampamento do Abrigo 4.

Parque Nacional Itatiaia quer virar modelo de gestão ambiental

Há 70 anos – comemorados na quinta-feira – era inaugurado o Parque Nacional do Itatiaia, o primeiro do Brasil. A partir do decreto assinado por Getúlio Vargas, mais de 400 espécies de aves e 67 tipos de mamíferos espalhados por 30 mil hectares entre os Estados do Rio e de Minas passaram a viver sob proteção. Para marcar a data, a direção pretende transformar o parque em exemplo de preservação.

Meta ambiciosa para uma unidade que conta com menos de R$ 1 milhão de orçamento e cuja disputa fundiária se arrasta há anos – dois terços do Itatiaia pertencem a propriedades privadas.

Mas é claro que não há só notícias desanimadoras. O parque – que atrai 80 mil visitantes por ano – continua lindo e a visita ainda é obrigatória (pelo menos para os espíritos aventureiros).

Antes de seguir viagem, é bom saber que o Itatiaia se divide em duas partes: a alta, onde estão o Pico das Agulhas Negras e o Maciço das Prateleiras, e a baixa, que abriga belas cachoeiras e alguns hotéis. Por terem acessos diferentes, cada parte cobra uma entrada: R$ 3 por pessoa na baixa e R$ 12 na alta. Em ambas, há uma taxa de R$ 5 por veículo.

Em comum, além da natureza exuberante, as duas áreas têm acessos ruins. As estradas que levam os visitantes às principais atrações são precárias.

Aniversariante reformado

Algumas melhorias, porém, já estão sendo postas em prática. Segundo o diretor, Walter Behr, as reformas começaram na parte baixa. O centro de visitantes deve ser inaugurado na quinta-feira. Outra iniciativa que já pode ser notada é a nova sinalização. ´Usamos somente materiais reciclados nas placas´, diz Behr. A sede administrativa também foi ampliada e uma nova exposição de animais empalhados deve começar ainda neste mês.

Na parte alta, funcionários trabalham na abertura de uma nova travessia, entre Serra Negra e Visconde de Mauá – e haverá um novo posto de vigilância.

História

O nome Itatiaia vem do tupi-guarani e significa ´pedra cheia de pontas´. Até 1908, todo o território do parque pertencia à família de Irineu Evangelista de Souza, mais conhecido como Visconde de Mauá (1813-1889). Nessa mesma época, muitos colonos alemães chegaram à região e compraram chácaras – seus descendentes estão lá até hoje.

Logo depois que os colonos se estabilizaram na área, as terras restantes foram compradas pela Fazenda Federal e, em 1937, toda a região foi declarada Parque Nacional. Mais informações sobre o Parque Nacional do Itatiaia ou pelo telefone: (0–24) 3352-1461 .

 

Degelo glacial tibetano causará ‘crise hídrica’

  Foto da Geleira de R  <a href=–/>   PEQUIM – O acelerado degelo das geleiras do planalto tibetano, provocado pelo aquecimento global, coloca em risco o suprimento de água de milhões de pessoas na China e no sudeste asiático, alertou nesta quarta-feira o Greenpeace. Isso por que são as geleiras de Qinghai-Tibet, que alimentam os grandes rios da Ásia, entre eles o Amarelo, o Yangtzé, o Mekong e o Ganges, em cujas margens vivem centenas de milhões de pessoas, de acordo com Li Yan, responsável pela campanha do grupo na China. Segundo ela, o contínuo aumento das temperaturas no Everest – que chega a 0,4 graus por década, o dobro da média chinesa e o triplo da mundial – apressa o derretimento da neve e sua evaporação. A alteração do ritmo natural de degelo e a conseqüente acumulação de água das geleiras nos "lagos instáveis" que se formam e que acabam transbordando já se constituem grandes ameaças para a vida dos que vivem rio abaixo. "O inverno é agora tão quente quanto o verão e não há gelo", diz em um vídeo divulgado pelo Greenpeace um monge tibetano que há 20 anos vive em um monastério ao lado da geleira Rongbuk. Os resultados do estudo se seguem a três expedições realizadas por membros do grupo ecologista à região, nos últimos meses. O atual nível das geleiras tibetanas foi comparado com fotografias tiradas na região há quase quatro décadas. “ Uma grande parte da geleira Rongbuk, a maior do monte Everest, desapareceu. Isso é uma séria advertência ” "Uma grande parte da geleira Rongbuk, a maior do monte Everest, desapareceu. Isso é uma séria advertência. Devemos agir imediatamente ou a maioria das geleiras desaparecerão nas próximas décadas", disse Li. Os ecologistas observaram "o mesmo drástico degelo" na região onde nasce o rio Amarelo, também no planalto tibetano, e notificaram o desaparecimento das outrora características torres de gelo da região. Para combater o problema, o Greenpeace pressionou o governo chinês a reduzir as emissões de dióxido de carbono e adotar uma "revolução" baseada nas energias renováveis. Segundo o último informe da ONU, citado pelo grupo ecologista, caso seja mantido o atual ritmo anual de aquecimento global, 80% das geleiras do Himalaia terão derretido em 30 anos, o que ameaçará o suprimento de água de um sexto da população mundial. Outros estudos são mais otimistas. Segundo a Avaliação de Mudanças Climáticas da China, em 2050, cerca de 27% das geleiras do planalto tibetano terão derretido.