Sir Edmund Hillary, o primeiro homem a conquistar o Everest, o cume mais alto do Mundo, morreu hoje de manhã com 88 anos, anunciou a primeira-ministra neo-zelandesa Helen Clark.
O alpinista, acompanhado do sherpa Tensing Norgay, foi o primeiro a atingir a 29 de Maio de 1953 o cume da montanha com 8848 metros, situado na cadeia dos Himalaias.
A sua saúde veio a degradar-se nos últimos anos.
“Sir Ed descrevia-se como um neo-zelandês médio com capacidades modestas. Na realidade era um colosso”, afirmou Clark em comunicado. Com 1,90 metro e 7 litros de capacidade pulmonar, quando a média é de 5 litros, a reconhecida técnica de alpinismo de Hillary o colocou na primeira expedição neozelandesa ao Himalaia, em 1951, e em uma equipe de reconhecimento britânica enviada ao Everest, em 1952.Aos 33 anos e membro da expedição britânica do coronel John Hunt, Hillary e Tenzing Norgay partiram na manhã do dia 29 de maio de 1953 de um acampamento a 8.500 metros de altitude e às 11H30 local entraram para a história como os primeiros homens a chegar ao topo do mundo.“Sabia que a comunidade do alpinismo apreciaria a nossa conquista, mas jamais imaginei uma tal reação da imprensa e do público”, disse Hillary após o feito.
“Foi uma figura heróica que não só superou o Everest como viveu uma vida (feita) de determinação, humildade e generosidade”, acrescentou a primeira-ministra.
A morte do alpinista representa uma profunda perda para a Nova Zelândia, considerou ainda a chefe do governo, sublinhando que o “lendário alpinista, aventureiro e filantropo é o mais célebre neo-zelandês”.
Clark saudou igualmente o empenho de Edmund Hillary a favor do povo sherpa nos Himalaias, com a construção e escolas e hospitais.
O sucesso da expedição para a conquista dos Himalaias foi anunciado publicamente a 02 de Junho, dia da coroação da Rainha Isabel II de Inglaterra.
A conquista do topo do Everest, em 29 de maio de 1953, aumentou o brilho da homenagem que recebeu da rainha Elizabeth II, da Inglaterra, quatro dias depois, quando recebeu o título de “sir”. Seu bom humor era conhecido. Em 1999, a notícia da descoberta do corpo do alpinista britânico George Mallory na região reavivou especulações de que Hillary pode não ter sido o primeiro a escalar o Everest.Mallory teria tentado a proeza na década de 20.Quando indagado sobre o assunto, Edmund Hillary disse que depois de várias décadas de fama, não se importaria realmente de perder o título de pioneiro.Depois do Everest, Edmund Hillary lançou-se noutra grande aventura em 1957, instalando-se na base Scott na Antárctica e levou o primeiro veículo por via terrestre ao Pólo Sul a 03 de Janeiro de 1958. Apesar de sua obsessão em continuar sendo “um neozelandês comum”, suas aventuras e a tragédia que o seguiu como uma sombra por toda a vida fizeram dele um herói, um gigante, um super-homem, um cavalheiro e quase um rei.Depois de conquistar o Everest, em maio de 1953, foi nomeado cavalheiro pela Rainha da Inglaterra. Mas sempre se negou a ser chamado pelo título de Sir. Voltou para a sua casa, na Nova Zelândia, onde cuidava de sua criação de abelhas, e casou-se com Louise Rose, com quem teve três filhos.Suas aventuras não se limitaram às montanhas do Himalaia. Cinco anos depois da façanha do Everest, liderou a primeira expedição motorizada (em trator) ao Pólo Sul.Foram 18 meses para se tornar o primeiro homem desde Robert Scott a chegar ao Pólo Sul.Decidiu então abandonar a apicultura e criou uma fundação de caridade para construir uma escola no Nepal, na terra do sherpa Tenzing Norgay, seu companheiro na conquista do Everest, que tinha se tornado um de seus melhores amigos.Sua empresa se expandiu e então estabeleceu a sociedade Himalayan Trust, para ampliar sua contribuição humanitária e construir escolas, hospitais e levar serviços básicos à população sherpa.Foi no Katmandu, em março de 1975, que perdeu a sua mulher, Louise, e a filha mais nova, Belinda, num acidente de aviação.Entrou numa longa e profunda depressão, da qual só se recuperou com uma nova façanha. Acompanhado por seu filho Peter, viajou numa lancha a motor da desembocadura do Ganges até a sua nascente, no Himalaia.utra tragédia aérea causou a morte de seu grande amigo Peter Mulgrew. A viúva, June, se tornaria 10 anos mais tarde a segunda e última mulher de Hillary.Foi nomeado Alto Comissário da Nova Zelândia na Índia, condecorado com a Ordem da Nova Zelândia e a exclusiva Ordem da Jarreteira britânica. Apesar de agradecer pelas honras, nunca aprovou os títulos e dizia achar estranho possuir um.Passou o controle da Himalayan Trust para os sherpas do Nepal, a fim de ficar em segundo plano. Sempre evitou a controvérsia sobre quem foi a primeira pessoa a escalar o Everest, se ele ou Tenzing Norgay. Só após a morte do amigo assumiria a conquista.”O fato de nós, neozelandeses, termos dinheiro é uma bênção, mas vem com responsabilidades. Gosto de achar que sou um neozelandês comum, não muito brilhante, mas decidido e prático no que faço”, diria Hillary em 2003, no 50º aniversário da subida ao Everest.Sua imagem está há nas notas de cinco dólares neozelandeses.”O legado de Sir Edmund Hillary continuará vivo. Suas proezas continuarão inspirando novas gerações de neozelandeses, como há mais de meio século”, disse hoje a primeira-ministra da Nova Zelândia, Helen Clark.Mas não só suas proezas inspirarão as futuras gerações. “As contribuições do seu trabalho altruísta em países em desenvolvimento deixam um exemplo que ninguém poderá melhorar. Por isso Hillary, na realidade, é imortal”, opinou o montanhista australiano Lincoln Hall.
Meio Ambiente – No sábado, dia 22 de dezembro, comemora-se o primeiro aniversário da Lei da Mata Atlântica, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos dias de 2006.
A lei garante a conservação da vegetação nativa remanescente ao determinar critérios para sua utilização e proteção, além de impor parâmetros e restrições de uso diferenciados do bioma, considerando a vegetação primária e os estágios secundário inicial, médio e avançado de regeneração. Continue lendo Lei da Mata Atlântica comemorou o seu primeiro aniversário→
–/> MADRI (AFP) – Três esquiadores morreram em uma avalanche ocorrida nesta sexta-feira numa estação de esqui de Formigal, norte de Huesca (Aragón, Pirineus espanhóis), informou um porta-voz da subdelegação de governo. As equipes de resgate, que chegaram imediatamente ao local, não conseguiram reanimar um dos esquiadores achado ainda com vida. Os outros dois já foram encontrados mortos sob a neve. Foto: AFP: Três esquiadores morreram em uma avalanche ocorrida nesta sexta-feira numa estação de esqui de Formigal,…