Fenômeno é resultado do movimento das correntes e das marés.
Faixa de areia corre o risco de sumir em seis anos.
Fenômeno é resultado do movimento das correntes e das marés.
Faixa de areia corre o risco de sumir em seis anos.
O avanço do mar é uma ameaça para o Nordeste brasileiro. A região de Caburé, um dos lugares mais visitados do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, corre o risco desaparecer.
O local é um dos pontos turísticos da região e conta com o Rio Preguiças de um lado e o Oceano Atlântico do outro. O Rio tem avançado um metro a cada ano e o mar, quatro metros. A faixa de areia está cada vez mais estreita.
O fenômeno é resultado do movimento das correntes e das marés, que alteram a Foz do Preguiças. A previsão dos especialistas é de que Caburé desapareça nos próximos seis anos.
Outras regiões do Maranhão também correm o risco de desaparecer. Em São Luís, um bairro inteiro, em uma área nobre da cidade, também pode ser atingido.
Nos últimos 30 anos, a Ponta d´Areia avançou trezentos metros em direção à baía. O fenômeno foi provocado por uma barragem construída nos anos 70, que diminuiu a força das correntes marítimas. Antes da barragem, a areia acompanhava o movimento natural do mar.
O mar avança um metro e meio a cada ano e já destruiu o asfalto e pode até atingir os edifícios. Biólogos da Universidade Federal do Maranhão trabalham em um projeto que pode salvar a Ponta d´Areia.
A proposta desenvolvida é a construção de uma muralha de pedra, com 580 metros de comprimento e 15 metros de profundidade, que seria instalada no mar. O chamado "espigão" formaria uma barreira artificial, como se fosse a maré de anos atrás, impedindo que o avanço da areia.
O projeto depende da aprovação da Secretaria Estadual de Meio-Ambiente e da liberação de R$ 25 milhões pelo Governo Federal.