O Ojos del Salado, na fronteira argentino-chilena, mede 6.891 metros
O Ojos del Salado, na fronteira argentino-chilena, mede 6.891 metros
O Ojos del Salado, na fronteira argentino-chilena, mede 6.891 metros sobre o nível do mar, abaixo dos 6.962 metros do monte Aconcagua, também encravado nos Andes, segundo as medições que realizou uma missão franco-chilena, validada pelo Instituto Geográfico Militar (IGM) do Chile.
A altura do Ojos del Salado superou a do cume do Pissis na Argentina, que mede 6.762 metros sobre o nível do mar e até agora se considerava como o vulcão mais alto do mundo.
"O Aconcagua é definitivamente o ‘Teto da América’ e domina sobre o Ojos del Salado", disse em entrevista à imprensa o alpinista francês, Philippe Reuter, chefe da expedição chamada "A busca do teto da América".
E acrescenta: "O Ojos del Salado é 100 metros mais alto que o Pissis e é indiscutivelmente o vulcão mais alto do mundo".
A expedição, composta por 16 pessoas (entre alpinistas e engenheiros cartográficos) subiu ao cume do Ojos del Salado no dia 2 de abril. Semanas mais tarde uma equipe similar subiu até o vulcão Pissis, na província argentina de Catamarca, embora não tenham ido medir o Aconcagua.
Tanto no cume do Ojos del Salado como no do Pissis se realizaram medições com equipamento de localização via satélite ou GPS, que levantaram dados preliminares que foram em seguida analisados pelo Instituto Geográfico Militar do Chile, o órgão oficial a cargo de toda a cartografia nacional.
Esta análise deu caráter oficial a uma medição realizada por meios privados.
"As coordenadas expostas são coordenadas oficiais", disse a AFP Héctor Parra, engenheiro cartográfico do IGM que analisou os dados.
Parra explicou que embora os equipamentos GPS entregassem dados distintos (6.934 metros no caso do Ojos del Salado e 6.833 metros no Pissis) não é possível utilizá-los, porque essa é uma altitude elipsoidal não aceita segundo as normas da cartografia mundial.
De acordo com estas normas, os dados GPS devem ser obrigatoriamente analisados e interpretados sob distintos modelos para localizá-los sobre o nível do mar.
"A altura destes cerros seguirá sendo uma medida subjetiva enquanto se seguirem aplicando modelos ou fórmulas que possam ser distintas. Cada qual ficará com a altura que se estime conveniente. Todas são cientificamente exatas", explicou Philippe Reuter.