Acidente com balão deixa mortos em Boituva

Acidente cancela voos com balão em cidade do interior de SP

Cidade aguarda investigação sobre queda que deixou três mortos. Vítimas foram enterradas na manhã desta segunda (1º) em Barueri.

Acidente com balão deixa mortos em Boituva

Os voos com balões em  Boituva, a 121 km de São Paulo  estão suspensos desde sábado (30) quando três pessoas morreram e outras 16 ficaram feridas após uma sequência de acidentes e de acordo com o secretário de segurança do município não há previsão de que sejam retomados até quarta-feira (3) ou  antes que as investigações apontarem se as causas foram humanas ou meteorológicas.

“Há consenso entre o pessoal que tem balão de não voar neste momento. Não tem programação de voo nem para hoje (segunda, 1º) e nem para amanhã (terça-feira, 2). Estamos aguardando a definição da investigação da Polícia Civil. Com a informação do delegado, nós podemos tomar uma medida. Se ficar comprovado que houve imprudência ou imperícia, vamos interferir para que não ocorram acidentes desta natureza. Se foi um caso fortuito, um problema climático, a gente vai tentar buscar mais informações que garantam à população e aos pilotos mais segurança”, disse  o secretário Cássio Werneck.

O vice-presidente da Confederação Brasileira de Balonismo, Leonel Brites, disse ao G1 que acredita na possibilidade de que o acidente tenha sido provocado pelo súbito mau tempo na cidade. “Não posso imaginar que todos os pilotos tenham errado”, afirmou.

Brites disse que compara dados meteorológicos como força e direção do vento com informações dos aparelhos GPS dos balões, como eventuais mudanças de direção. Ele tenta reconstituir o que ocorreu com o tempo na hora do acidente. “Vamos saber minuto a minuto o que ocorreu no momento que antecedeu ao acidente”, afirmou.  De acordo com ele, os balões caíram quase simultaneamente, dentro de um intervalo de um a  dois minutos. Ainda não foi possível descobrir a que altura estavam e em que hora exata caíram.

Perdas
Os corpos de Daniela Gonçalves Ciarallo e Franklin Ciarallo da Luz foram enterrados na manhã desta segunda-feira (1º) no Cemitério Municipal de Barueri, na Grande São Paulo. O piloto Antônio Carlos Giusti, de 56 anos, também morreu na queda de dois balões – o corpo dele foi enterrado no domingo (31) no Cemitério do Araçá, na Zona Oeste de São Paulo.

O caso mais grave é o de uma mulher que teve várias fraturas pelo corpo, entre elas traumatismo craniano. Ela foi levada para dois hospitais no interior antes de ser transferida para a capital paulista.

A mulher de 48 anos deu entrada na noite de sábado no Hospital Santa Catarina, trazida pelo helicóptero Águia, da Polícia Militar. Ela está internada na Unidade Terapia Intensiva (UTI), em estado grave, porém estável, segundo a assessoria do hospital. A paciente não corre risco de morte.

Uma rajada de vento pode ter derrubado dois balões, segundo um piloto que fez um pouso de emergência com o terceiro balão. O delegado responsável pelas investigações, Silvan Renosto, já pediu a perícia dos aparelhos de voo. “Vamos apurar as causas do acidente. Se foi falha humana, ou evento da natureza”, disse o delegado ao G1.

De acordo com Werneck três balões decolaram por volta das 8h20 quando sofreram uma rajada forte de vento, que provocou a queda de dois deles. Um deles conseguiu fazer um pouso de emergência.

Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Balonismo, Edson Romagnoli, que tem 53 anos (20 dedicados ao balonismo), ainda não é possível “avaliar as causas”. “Provavelmente foi alguma intempérie, alguma mudança climática”, afirma. “Foi uma fatalidade, com certeza.”

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